Um atendente de uma farmácia localizada em Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte (BH), agarrou uma criança de seis anos e a beijou na boca enquanto sua mãe estava escolhendo medicamentos. Ele foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por estupro de vulnerável.

Segundo a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), responsável pela investigação, o crime ocorreu no último dia 11 de junho.

De acordo com a delegada Karla Moreira, da Delegacia Especializada de Plantão em Atendimento à Mulher (Depam), enquanto a mãe olhava medicamentos para a filha, a criança teria sido abordada por um funcionário do estabelecimento, que a beijou à força.

Após a prática do ato libidinoso, a vítima foi até a mãe relatando os fatos. De imediato, a responsável legal acionou a gerência no local e pediu as imagens internas.

“De acordo com os elementos colhidos durante a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante Delito, notadamente a declaração da mãe com as imagens das câmeras de segurança, foi possível perceber que esse suspeito praticou o crime. A prisão dele foi ratificada, bem como o pedido de conversão da prisão em preventiva foi deferido”, informou a delegada.

No ato da prisão, o suspeito optou por ficar em silêncio. Segundo a polícia, a gerência da farmácia informou que o homem é pessoa com deficiência e esquizofrenia, o que, segundo a supervisão do estabelecimento, poderia ter motivado a prática do ato.

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Uma mulher que estava no local no momento do crime confirmou os fatos. A mãe do suspeito também foi ouvida pela polícia.

“A mãe do investigado disse que ele faz tratamento psiquiátrico, afirmando, contudo, que o filho nunca tinha apresentado comportamento semelhante ou igual aos fatos apurados. Inclusive, segundo a mulher, ele sempre teve contato com crianças e nunca importunou ou atacou qualquer uma delas nessa situação”, afirmou o delegado Diego Lopes, da Depca.

O delegado disse que o suspeito já trabalhou em grandes lojas varejistas, como supermercados e em outra drogaria de grande porte, por anos. “O autor desse tipo de crime pode ser qualquer pessoa, independentemente de classe social, local ou perspectivas. E essa situação nos chama muita atenção pelo fato de um estupro de vulnerável acontecer em segundos. É um alerta, e precisamos demonstrar aos pais a necessidade de vigilância”, finalizou.

Com o inquérito policial concluído, o homem permanece preso à disposição da Justiça e o procedimento foi remetido ao Poder Judiciário.