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Minas Gerais

Polícia prende neonazistas em SP e MG após alerta de embaixada dos EUA

20/06/20255 Mins Read
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Informações da Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Brasília (DF) repassadas à Polícia Civil de Minas Gerais levaram a uma operação deflagrada na última quarta-feira (18/6) que prendeu cinco suspeitos de integrar um grupo neonazista nos estados de Minas Gerais e de São Paulo. Um dos homens suspeitos foi preso em Campinas, no interior paulista.

As investigações sobre a célula neonazista tiveram início em dezembro de 2023, após informações repassadas pela Homeland Security Investigations, a embaixada dos EUA em Brasília. Na ocasião, foi informado o envolvimento de indivíduos em uma rede social veiculando discursos neonazistas, supremacistas e de ódio contra grupos marginalizados, bem como a intenção de possíveis atos de violência.

A Operação Overlord ocorre após a primeira fase da ação policial, em que foi preso o suspeito de liderar a célula nazista em Belo Horizonte, um homem de 20 anos. Ele é apontado como responsável por coordenar a atuação dos comparsas nos demais municípios, organizando e planejando ações de inteligência e contrainteligência.

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Foram apreendidas facas, machadinhas, canivetes, espadas, socos-ingleses, tcheco, balestras (arco e flecha), barraca de acampamento, spray de pichação, fardamento paramilitar, algemas, arma de airsoft e isqueiros em formato de granada de mão

Divulgação/PCMG

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A polícia encontrou livros com temáticas militares, sobre Adolf Hitler e armas de fogo, um caderno com símbolos nazistas (suásticas), entre outros

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As polícias civis de São Paulo e Minas Gerais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva contra homens de 18 a 20 anos

Divulgação/PCMG

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Também foram cumpridas cinco mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Nova Lima e Poços de Caldas, além de Campinas, no interior paulista

Divulgação/PCMG

Em São Paulo, a Divisão de Investigações Criminais de Campinas (Deic) cumpriu os mandados de prisão e busca e apreensão na residência de um homem que trocou mensagens com o líder da célula neonazista. No endereço, foram encontrados diversos objetos contendo referências ao nazismo.

Em seu computador e celular, havia o mesmo tipo de material, inclusive em grupos criados para essa finalidade, com a presença de inúmeros simpatizantes, que compartilhavam o conteúdo entre si.

Também foram encontrados vídeos contendo cenas de pornografia infantil em seus dispositivos e os policiais o autuaram em flagrante. As penas somadas podem chegar a nove anos de prisão. O caso foi registrado junto à 1ª Delegacia de Investigações Gerais de Campinas (DIG) de Campinas.


Operação Overlord

  • As polícias civis de São Paulo e Minas Gerais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva contra homens de 18 a 20 anos.
  • Também foram cumpridas cinco mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Nova Lima e Poços de Caldas, além de Campinas, no interior paulista.
  • Foram apreendidas facas, machadinhas, canivetes, espadas, socos-ingleses, tcheco, balestras (arco e flecha), barraca de acampamento, spray de pichação, fardamento paramilitar, algemas, arma de airsoft e isqueiros em formato de granada de mão.
  • Os policiais também apreenderam dispositivos informáticos, como celulares, computadores, pen drives, videogame e máquinas digitais.
  • Além desses itens, a polícia encontrou livros com temáticas militares, sobre Adolf Hitler e armas de fogo, um caderno com símbolos nazistas (suásticas) e emblema contendo o retrato falado de Theodore Kaczinsky, um terrorista norte-americano preso por matar diversas pessoas com envio de cartas bomba.
  • O nome da ação policial faz referência ao código da operação militar de 6 de junho de 1944, na Segunda Guerra Mundial, com o desembarque dos Aliados nas praias da Normandia, na França.
  • De acordo com as polícias, as apurações prosseguem, sobretudo para a análise do material apreendido nessa fase da investigação.

A célula investigada estaria envolvida em atos de apologia ao nazismo na internet, discriminação de grupos minoritários e discursos de ódio.

O grupo realizava atos extremistas nos municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Poços de Caldas, em Minas Gerais, e Campinas, em São Paulo, com a pichação de emblemas nazistas em edificações, veiculação de cartazes antissemitas e agressões contra grupos minoritários, como a comunidade LGBTQIA+ e integrantes do movimento político antifascista.

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, alguns integrantes da célula neonazista buscavam angariar capital para subsidiar suas ações, tanto pelo comércio virtual de emblemas neonazistas, gerados por impressoras 3D, como por meio do tráfico de drogas.

Os suspeitos foram presos por organização criminosa e pelo crime previsto no artigo 20, parágrafo 1º, da Lei 7.716/89, que define como crime “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional” e “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.

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