Sean “Diddy” Combs decidiu não testemunhar em seu próprio julgamento, durante uma audiência realizada nesta terça-feira, 24 de junho, no tribunal de Nova York, nos Estados Unidos.
“É uma decisão minha, meritíssimo. Tomei junto com meus advogados, mas a escolha é exclusivamente minha”, afirmou o rapper de 55 anos.
Segundo Combs, o juiz responsável pelo caso, Arun Subramanian, está “fazendo um excelente trabalho”, razão pela qual ele preferiu manter o silêncio.
Ao ser questionado se desejava depor — direito garantido a qualquer réu —, o artista, que alega ser inocente, respondeu que não.
O Ministério Público encerrou sua parte do processo neste mesmo dia, após mais de seis semanas de apresentação de provas contra o músico.
Já a defesa de Diddy refutou todas as acusações, alegando falta de provas suficientes para sustentar os crimes atribuídos a ele.
Combs segue preso no presídio do Brooklyn, desde setembro do ano passado, após ter múltiplos pedidos de fiança negados pelos juízes.
Durante o julgamento, cerca de 34 testemunhas foram ouvidas pela acusação, incluindo ex-funcionários e ex-namoradas do rapper — a mais conhecida delas, Cassie Ventura. Também foram apresentados vídeos gravados pelo próprio Combs, que mostrariam encontros sexuais com as supostas vítimas.
O depoimento de Cassie Ventura
Cassie Ventura, ex-namorada de Sean Combs, foi uma das testemunhas-chave do caso. Em seu depoimento, foi divulgado um vídeo de 15 minutos gravado em 2016, no qual o rapper aparece agredindo Cassie fisicamente — ele a soca, a joga no chão, dá chutes e a arrasta pelos corredores de um hotel em Los Angeles.
Cassie, que teve um relacionamento de 10 anos com o artista, relatou diversos abusos. Disse que era forçada a participar das festas sexuais conhecidas como “Freak Offs” e a manter relações sexuais mesmo quando estava menstruada.
Depoimento chocante de outra ex-namorada
Outra testemunha do processo, que preferiu manter o anonimato e foi identificada apenas como “Jane”, também trouxe detalhes perturbadores.
Segundo ela, participou de maratonas sexuais que duravam até três dias, regadas a álcool, drogas como cocaína e ecstasy — este último oferecido pelo próprio Combs para que ela “aguentasse o ritmo”.
Jane afirmou que, após essas festas, era obrigada a cozinhar, dar massagens, ajudar no banho e assistir TV com o artista, como parte da “rotina” de submissão imposta a ela.
Mil frascos de óleo de bebê
Um dos detalhes mais comentados do caso — e que virou até meme nas redes sociais — foi a descoberta de cerca de mil frascos de óleo de bebê na casa do rapper, durante uma busca policial.
Na época, o advogado de Combs, Marc Agnifilo, disse que o número foi exagerado e que seu cliente apenas comprava o produto em grandes quantidades, negando qualquer relação com os crimes investigados.
Acusações e prisão
Sean “Diddy” Combs, anteriormente conhecido como Puff Daddy, está preso desde o dia 16 de setembro. Ele é acusado de liderar uma rede de tráfico sexual, extorsão e transporte de pessoas para fins de prostituição.
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