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Sean ‘Diddy’ Combs recusa testemunhar em julgamento e elogia juiz

25/06/20253 Mins Read
Justiça dos EUA rejeita acusação contra Sean "Diddy" Combs
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Sean “Diddy” Combs decidiu não testemunhar em seu próprio julgamento, durante uma audiência realizada nesta terça-feira, 24 de junho, no tribunal de Nova York, nos Estados Unidos.

“É uma decisão minha, meritíssimo. Tomei junto com meus advogados, mas a escolha é exclusivamente minha”, afirmou o rapper de 55 anos.

Segundo Combs, o juiz responsável pelo caso, Arun Subramanian, está “fazendo um excelente trabalho”, razão pela qual ele preferiu manter o silêncio.

Ao ser questionado se desejava depor — direito garantido a qualquer réu —, o artista, que alega ser inocente, respondeu que não.

O Ministério Público encerrou sua parte do processo neste mesmo dia, após mais de seis semanas de apresentação de provas contra o músico.

Já a defesa de Diddy refutou todas as acusações, alegando falta de provas suficientes para sustentar os crimes atribuídos a ele.

Combs segue preso no presídio do Brooklyn, desde setembro do ano passado, após ter múltiplos pedidos de fiança negados pelos juízes.

Durante o julgamento, cerca de 34 testemunhas foram ouvidas pela acusação, incluindo ex-funcionários e ex-namoradas do rapper — a mais conhecida delas, Cassie Ventura. Também foram apresentados vídeos gravados pelo próprio Combs, que mostrariam encontros sexuais com as supostas vítimas.

 
O depoimento de Cassie Ventura

Cassie Ventura, ex-namorada de Sean Combs, foi uma das testemunhas-chave do caso. Em seu depoimento, foi divulgado um vídeo de 15 minutos gravado em 2016, no qual o rapper aparece agredindo Cassie fisicamente — ele a soca, a joga no chão, dá chutes e a arrasta pelos corredores de um hotel em Los Angeles.

Cassie, que teve um relacionamento de 10 anos com o artista, relatou diversos abusos. Disse que era forçada a participar das festas sexuais conhecidas como “Freak Offs” e a manter relações sexuais mesmo quando estava menstruada.

 
Depoimento chocante de outra ex-namorada

Outra testemunha do processo, que preferiu manter o anonimato e foi identificada apenas como “Jane”, também trouxe detalhes perturbadores.

Segundo ela, participou de maratonas sexuais que duravam até três dias, regadas a álcool, drogas como cocaína e ecstasy — este último oferecido pelo próprio Combs para que ela “aguentasse o ritmo”.

Jane afirmou que, após essas festas, era obrigada a cozinhar, dar massagens, ajudar no banho e assistir TV com o artista, como parte da “rotina” de submissão imposta a ela.

 
Mil frascos de óleo de bebê

Um dos detalhes mais comentados do caso — e que virou até meme nas redes sociais — foi a descoberta de cerca de mil frascos de óleo de bebê na casa do rapper, durante uma busca policial.

Na época, o advogado de Combs, Marc Agnifilo, disse que o número foi exagerado e que seu cliente apenas comprava o produto em grandes quantidades, negando qualquer relação com os crimes investigados.

 
Acusações e prisão

Sean “Diddy” Combs, anteriormente conhecido como Puff Daddy, está preso desde o dia 16 de setembro. Ele é acusado de liderar uma rede de tráfico sexual, extorsão e transporte de pessoas para fins de prostituição.

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