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RS: rios sobem e preocupam cidades já afetadas por enchentes de 2024

18/06/20255 Mins Read
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As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o início da semana voltaram a provocar alagamentos e elevar o nível de importantes rios do estado, afetando regiões que ainda tentam se recuperar das enchentes de 2024.


Situação geral

  • Entre terça (17/6) e esta quarta-feira (18/6), Porto Alegre acumulou 106,5 milímetros de chuva, praticamente alcançando a média histórica de junho, que é de 115 mm.
  • Ao todo, 51 municípios já registraram algum tipo de ocorrência relacionada às chuvas desde o início da semana, como queda de árvores, interrupções no fornecimento de água e energia, além de danos a estradas e pontes.
  • Segundo a Defesa Civil estadual, mais de 2.300 pessoas estão fora de suas casas, sendo cerca de mil abrigadas em locais públicos.
  • Jaguari é um dos municípios mais impactados, com aproximadamente 1.200 pessoas desalojadas.
  • Embora o volume de chuva e os impactos já sejam significativos, meteorologistas afirmam que, por enquanto, o atual episódio não deve atingir a mesma gravidade da enchente de maio de 2024.

Em Lajeado, no Vale do Taquari, o rio que dá nome à região ultrapassou novamente a cota de inundação nesta quarta-feira (18/6). O nível chegou a 19,33 metros a tarde, quando o limite para transbordamento é de 19 metros.

A média histórica para a cidade gira em torno de 13 metros. No ano passado, durante a maior tragédia climática já registrada no estado, o Taquari ultrapassou os 30 metros, causando inundações severas.

Muçum, outro município bastante afetado em 2024, registra nível de quase 11 metros no mesmo rio. A Defesa Civil acompanha a situação, que por ora apresenta tendência de estabilização e queda.

No Vale do Caí, o cenário também é de atenção. O rio Caí, em São Sebastião do Caí, está 13 centímetros acima da cota de inundação, com registro de 10,37 metros nesta quarta. Na cidade de Nova Petrópolis, um homem de 22 anos morreu após o carro em que estava ser arrastado quando a cabeceira de uma ponte cedeu.

O número de vítimas das chuvas subiu para dois após a confirmação da morte de uma mulher e um homem em Candelária, que foram a óbito tentando atravessar, em um Gol, uma área alagada pela correnteza do Arroio Minhoquinha, em Linha Curitiba.

Veja situações dos rios:

1 de 3

Nível do Rio Caí

(SGB/CPRM, ANA, IPH/UFRGS)

2 de 3

Nível do Rio Taquari

(SGB/CPRM, ANA, IPH/UFRGS)

3 de 3

Nível do Rio Alto Taquari – Muçum

(SGB/CPRM, ANA, IPH/UFRGS)

Impacto na Região Metropolitana

Em Canoas, a chuva forte durante a madrugada trouxe transtornos. Em apenas quatro horas, foram 69 milímetros de precipitação, superando a previsão para o dia inteiro. Pelo menos 117 pessoas estão fora de casa, sendo 28 desabrigadas e 89 desalojadas. A prefeitura abriu um abrigo emergencial no ginásio São Luís, com capacidade para 150 pessoas.

Apesar dos pontos de alagamento, a administração municipal afirmou que não há risco de grandes enchentes, como as que ocorreram em outras regiões. Equipes da Defesa Civil e da Secretaria de Obras atuam na limpeza de galerias pluviais e na drenagem das áreas afetadas.

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Mathias Velho precisou interromper os atendimentos devido ao alagamento nas ruas de acesso. Os pacientes estão sendo encaminhados ao Hospital Nossa Senhora das Graças. As escolas da rede municipal também suspenderam as aulas por questões de segurança.

No restante da Região Metropolitana, os rios seguem em elevação, mas ainda abaixo das cotas de transbordamento. O Rio dos Sinos, em São Leopoldo, marca 3,44 metros, enquanto o lago Guaíba, em Porto Alegre, registra 2,07 metros, ainda longe da cota de inundação de 3,60 metros. A preocupação agora é com o reflexo das águas que estão descendo das regiões mais ao norte.

Nível do Rio Guaíba

Alerta para os próximos dias

A previsão para os próximos dias mantém o Rio Grande do Sul em estado de alerta. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), um bloqueio atmosférico é o principal responsável pelas chuvas que atingem o estado desde o início da semana. O fenômeno impede o avanço das frentes de nebulosidade, mantendo o tempo instável e favorecendo a ocorrência de temporais.

A expectativa é que o sistema continue influenciando o clima no Rio Grande do Sul até esta sexta-feira (20/6), quando deve se deslocar em direção a Santa Catarina.

Até lá, o risco de novos alagamentos e outros transtornos permanece, com destaque para as regiões norte e noroeste, onde são previstos os maiores acumulados de chuva até a quinta-feira (19/6).

Há também a possibilidade de formação de um ciclone extratropical, resultado da interação entre a baixa pressão sobre o estado e o deslocamento do sistema para o oceano.

Fonte

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