O Acre industrializou, nos três primeiros meses de 2025, um total de 3.056 mil litros de leite, número que, apesar de ainda modesto, representa uma curva crescente na produção leiteira do estado.

Os dados mostram uma evolução consistente em comparação aos últimos anos. Para se ter uma ideia, no segundo trimestre de 2021, o volume industrializado foi de 2.497 mil litros, e no primeiro trimestre de 2022, 2.382 mil litros. Já no quarto trimestre de 2023, a produção chegou a 3.337 mil litros, enquanto no mesmo período de 2024, foram processados 3.114 mil litros.

Mesmo com boas condições de pastagem e qualidade genética do rebanho, o setor ainda enfrenta um gargalo conhecido dos produtores: a dificuldade de escoamento da produção. A falta de investimentos em infraestrutura, especialmente em ramais e tecnologias de armazenamento do leite, limita o avanço mais acelerado da cadeia produtiva.

Na comparação com estados vizinhos, o Acre ainda apresenta uma produção pequena. Rondônia, por exemplo, alcançou 153.064 mil litros de leite industrializado apenas no primeiro trimestre deste ano. Já o Amazonas tem números semelhantes aos do Acre, com uma produção de 2.852 mil litros no mesmo período.

A produção leiteira acreana está concentrada, principalmente, em cinco municípios: Acrelândia, Plácido de Castro, Senador Guiomard, Epitaciolândia e Tarauacá. Juntos, esses municípios são responsáveis por 54% de toda a produção do Baixo Acre, região que lidera a produção no estado.