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Período com temperaturas baixas liga alerta para casos gripais

22/05/20255 Mins Read
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O vírus influenza tipo A, causador da gripe, tem provocado hospitalizações em níveis que variam de moderados a muito altos ao longo dos anos — e segue em crescimento constante, segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz. Com a proximidade do primeiro mês do inverno, o Brasil começa a registrar temperaturas mais baixas, o que acende um alerta para que a população redobre os cuidados com doenças respiratórias.

O aumento gradativo nos casos de internações tem relação com uma mutação genética no perfil transmissível do vírus após a pandemia, de acordo com o pneumologista do Hospital de Base de Brasília,  Ygor Mourão.

“Com as medidas de isolamento, a gente não tinha essa circulação da gripe como nós temos hoje e o fato de não estarmos circulando esse vírus na época, fez com que ele viesse até mais forte após o período de pandemia. A falta de exposição natural ao vírus pode ter impactado no aumento da circulação, principalmente na influenza”, explicou.

O especialista também explicou que o contágio da gripe na população se agrava nas estações de outono e inverno. “Temos um aumento no número de casos nesta época principalmente por causa dessa mudança climática”, enfatizou.

Ele também destacou que, nesta época do ano, os processos inflamatórios são mais propensos a ocorrer, já que o ambiente se torna mais suscetível à contaminação. Resfriados comuns — caracterizados por espirros e coriza (nariz entupido ou escorrendo) — tendem a se espalhar com mais facilidade em locais fechados ou expostos ao frio intenso, favorecendo a maior circulação do vírus.

Vulnerabilidade e sintomas

O relatório mostrou que a Influenza A superou a Covid-19 referente a causa de mortalidade em idosos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Também disse que a enfermidade está entre as três principais causas de óbito em crianças pequenas, também por SRAG.

A gripe pode ser “potencialmente grave e até mesmo fatal, especialmente em grupos de pacientes mais vulneráveis”, segundo Ygor Mourão. O grupo mais frágil a doença é composto por idosos, crianças pequenas, — algumas ainda estão formando a parte imunológica —, pneumopatas, asmáticos e imunossupressores.

Neste ano, foram notificados 56.749 casos de SRAG, sendo 26.415 com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 21.863 negativos, e ao menos 4.916 aguardando resultado laboratorial.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), os principais sintomas da gripe são febre, dor de garganta, tosse, dor no corpo e dor de cabeça, podendo variar o quadro clínico para mais ou menos intenso de acordo com a faixa etária.

Alguns casos podem evoluir com complicações no grupo de pessoas vulneráveis à doença, o que acarreta elevados níveis de mortalidade. Alguns exemplos são: pneumonia bacteriana e por outros vírus, sinusite, otite, desidratação, piora das doenças crônicas, e pneumonia primária por influenza.

Prevenção e cuidados

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações, de acordo com o MS. Os bons hábitos, adotados na pandemia, também não podem ser esquecidos na época em que se agrava esta infecção gripal.

“É fundamental que as autoridades de saúde implementem medidas para conter o avanço da influenza como campanhas de vacinação e vigilância epidemiológica que devem ser intensificadas e, principalmente, a informação adequada chegar na população”, enfatizou o pneumologista do Hospital de Base.

A constante variação do vírus exige formas de se proteger a cada ano, sendo necessária a dose de imunização oferecida no SUS, que protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul.

O especialista detalhou as boas medidas de prevenção utilizadas na pandemia que podem voltar a ser usadas neste período em que se agravam os casos gripais. “Higienização das mãos, o uso de máscaras, o isolamento social caso apresente um sintoma respiratório ou de uma síndrome gripal, cobrir o nariz e boca ao espirrar ou tossir e se manter em ambientes bem ventilados”, disse.

Os centros de saúde sofrem um certo colapso neste período de temperaturas baixas, ocasionando na negligência do atendimento, segundo Ygor. “ Nem sempre a assistência médica, a assistência à saúde ocorre de maneira adequada devido às superlotações”, disse.

Tipos de Influenza

Existem quatro tipos do vírus influenza, causador da gripe: A, B, C e D. O vírus influenza A pode ser encontrado em seres humanos e em várias espécies de animais.  Alguns vírus deste tipo de origem animal também podem infectar humanos causando doenças graves, como os vírus A (H5N1), A (H7N9), A (H10N8), A (H3N2v), A (H1N2v) e é  responsável pelas grandes pandemias.

O vírus influenza B contamina exclusivamente os seres humanos. Junto ao tipo A,  são responsáveis por epidemias sazonais. O tipo C infecta humanos e suínos. É detectado com menor frequência e geralmente causa infecções leves, apresentando implicações menos significativa a saúde pública, não estando relacionado com epidemias.

O vírus influenza D foi isolado nos Estados Unidos da América (EUA), contamina suínos e bovinos e não é conhecido por infectar ou causar a doença em humanos.

Fonte

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