O 63º Encontro Ruralista, promovido pelo Sistema Faepa/Senar/Sindicatos/Núcleos/Fundepec, reuniu nos dias 3 e 4 de junho de 2025, no Palácio da Agricultura em Belém, produtores, lideranças políticas, especialistas e autoridades para debater “Os Desafios do Agro Pará a Caminho da COP-30”. O evento reforçou o papel do Pará na busca de soluções que aliem crescimento econômico, inovação tecnológica e preservação ambiental.
Na solenidade de abertura, o ministro das Cidades, Jader Filho; o governador do Estado do Pará, Helder Barbalho e, a vice-governadora, Hana Ghassan, foram homenageados com a Comenda Jahyr Seixas, instituída em memória de Jahyr Seixas, ícone do agronegócio paraense que faleceu neste ano de 2025. A honraria contempla personalidades que fizeram contribuições relevantes ao desenvolvimento do setor do agro no estado. Durante seu discurso, o governador Helder Barbalho reafirmou o compromisso com o diálogo, a segurança jurídica e o fortalecimento da produção rural, destacando avanços em regularização fundiária e iniciativas de restauração ambiental.
Evaristo Miranda, engenheiro agrônomo, ecólogo e pesquisador, abordou como inovação, indústria e sustentabilidade podem abrir novos mercados para a pecuária paraense. Bruno Lucchi, diretor técnico da CNA, apresentou o cenário econômico nacional e internacional, analisando perspectivas e oportunidades para o agro. Bruno Kono, presidente do Iterpa, e Mário Solano discutiram áreas de pretensão de terra indígena e embargos ambientais, enfatizando desafios de regularização fundiária e conformidade ambiental. Eduardo Gomes de Oliveira, diretor de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Nacional, apresentou programas de Saúde no Campo e Agronorte, destacando ações de apoio à saúde e assistência técnica no meio rural. Quésia Pavão e Quésia Gonçalves falaram sobre o programa CNA Novas Lideranças, enfatizando a formação de jovens líderes no agro. Renato Conchon, coordenador do Núcleo Econômico da CNA, analisou os impactos da reforma tributária sobre os produtores rurais brasileiros.
Muni Lourenço, vice-presidente da CNA e coordenador das comissões de Meio Ambiente e de Desenvolvimento da Região Norte, discutiu o papel do agro na COP-30 e sua responsabilidade na agenda climática. Luís Ercílio Faria Junior, geólogo e professor aposentado da UFPA, refletiu sobre o valor da Amazônia para o mundo, destacando suas dimensões ambiental, social e econômica. Nilson Pinto, presidente do Ideflor-Bio, explicou a Cota de Proteção Ambiental (Decreto nº 4.613/2025), detalhando regras e oportunidades para aquisição de cotas de floresta protegida por pessoas físicas ou jurídicas. Rubens Magno, diretor superintendente do Sebrae-PA, apresentou o Programa Juntos pelo Agro, evidenciando apoio ao pequeno produtor em empreendedorismo, plantio, comercialização e acesso a mercados. Daniel Araújo, coordenador do Núcleo do Marajó/Faepa, trouxe o Programa de Melhoramento Genético de Búfalos de Corte do Pará, com resultados e perspectivas para o estado. Aldo Rebelo, jornalista, escritor e ex-deputado federal, refletiu sobre políticas de integração entre produção e conservação na Amazônia. Por fim, Cristina Malcher, presidente da Comissão das Mulheres do Agro do Estado do Pará, conduziu o I Fórum das Mulheres do Agro da Amazônia, destacando ações para ampliar a participação feminina e fortalecer redes de apoio no setor.
A programação técnica incluiu painéis com especialistas renomados abordando inovação, o impacto da reforma tributária e o valor estratégico da Amazônia no contexto da COP-30. Casos de sucesso, como o programa de melhoramento genético de búfalos de corte e sistemas silvipastoris integrados, ilustraram práticas sustentáveis aplicáveis à realidade local. Também foi lançado o I Fórum das Mulheres do Agro da Amazônia, iniciativa que pretende valorizar a participação feminina no setor, evento organizado pela Comissão das Mulheres do Agro do Pará, presidido pela produtora rural Cristina Malcher.
Houve ainda o lançamento da Cota de Proteção Ambiental, iniciativa do Governo do Estado do Pará, pelo Ideflor-Bio. A Cota de Proteção Ambiental (CPA) é uma iniciativa do Governo do Estado do Pará, implementada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), com o objetivo de fortalecer a gestão de Unidades de Conservação estaduais. A CPA permite que pessoas físicas ou jurídicas, de qualquer parte do Brasil, adquiram cotas que correspondem a um hectare de floresta protegida por 15 anos, com possibilidade de renovação.
O encontro é o segundo evento realizado pelo Sistema Faepa/Senar sobre a Cop 30 e demais temas relevantes ao setor.
clique no link para ver algumas fotos: https://drive.google.com/drive/folders/1KGM2VZZHmFOj7c_MMaiBm8C3h9rVi51c?usp=sharing
