O governo do Paquistão anunciou que pretende indicar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Prêmio Nobel da Paz, alegando que ele desempenhou um papel crucial na resolução de um recente conflito entre Paquistão e Índia. A declaração foi feita no sábado (20), enquanto Trump avalia apoiar Israel em possíveis ações contra instalações nucleares iranianas.
“Trump demonstrou grande visão estratégica e um excelente papel de estadista por meio de engajamento diplomático robusto com Islamabad e Nova Délhi, o que desescalou uma situação que estava rapidamente se deteriorando”, afirmou o governo paquistanês em comunicado.
“Essa intervenção é um testemunho de seu papel como um verdadeiro pacificador.” Até o momento, não houve resposta oficial de Washington nem do governo indiano sobre a indicação.
O conflito entre os dois países, ambos com armamento nuclear, foi encerrado abruptamente em maio após um anúncio de cessar-fogo feito por Trump, que declarou ter evitado uma guerra nuclear e salvado milhões de vidas. No entanto, o governo indiano sustenta que o cessar-fogo foi resultado de um acordo bilateral entre os dois exércitos, sem intervenção de terceiros. O secretário de Relações Exteriores da Índia, Vikram Misri, reforçou que o primeiro-ministro Narendra Modi deixou “absolutamente claro” que o fim das hostilidades ocorreu após um pedido paquistanês por cessar-fogo.
Apesar do apoio à proposta, a indicação de Trump gerou críticas no Paquistão. Enquanto alguns veem a medida como uma estratégia diplomática válida, outros apontam para o papel de Trump no apoio a ações israelenses em Gaza. “O patrocinador de Israel em Gaza e entusiasta de seus ataques ao Irã não é candidato a nenhum prêmio”, escreveu o comentarista político Talat Hussain em uma rede social.
A iniciativa ocorre na mesma semana em que o chefe do exército paquistanês, Marechal Asim Munir, foi recebido para um almoço com Trump, marcando um encontro raro entre um líder militar paquistanês e um presidente dos EUA durante um governo civil em Islamabad.
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