Israel voltou a acionar sirenes de emergência na noite desta terça-feira (17), após detectar o lançamento de mísseis do Irã em direção ao seu território. As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) confirmaram os disparos e orientaram a população, principalmente nas cidades do norte do país, a buscar abrigo imediato.
Segundo o Comando da Frente Interna israelense, as sirenes de alerta soaram por volta das 21h46 (horário local), indicando risco iminente de ataque aéreo. A defesa antiaérea foi ativada em diversas regiões, e o alerta permaneceu em vigor por aproximadamente 15 minutos, sendo desativado logo em seguida.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, general Abdolrahim Mousavi, em pronunciamento transmitido pela televisão estatal, pediu que os moradores de Tel Aviv e Haifa deixem suas casas. Segundo ele, o país prepara “operações punitivas” em resposta aos recentes ataques israelenses, iniciados na madrugada do dia 13 de junho.
“As ações realizadas até agora tiveram caráter dissuasivo, mas as operações punitivas acontecerão em breve”, declarou Mousavi. Ele assumiu o comando das Forças Armadas após a morte do general Mohammad Bagheri, no primeiro dia dos bombardeios israelenses contra o Irã.
Enquanto isso, a Guarda Revolucionária iraniana anunciou ter lançado uma nova ofensiva com mísseis contra bases aéreas israelenses, que, segundo o Irã, têm sido utilizadas para atacar seu território. “Realizamos uma operação de larga escala contra as bases aéreas do regime sionista de onde os aviões de guerra decolam para atingir nosso país”, afirmou a corporação.
Em contrapartida, as IDF informaram que a Força Aérea de Israel conduziu ataques no oeste do Irã nesta terça-feira, atingindo diversos alvos militares. “Vários locais e dezenas de lançadores de mísseis superfície-superfície foram atingidos”, diz o comunicado do Exército israelense, citado pela agência France-Presse.
O conflito entre Irã e Israel teve início no dia 13 de junho, quando bombardeios israelenses atingiram instalações nucleares e militares em solo iraniano. A ofensiva causou a morte de dezenas de militares e civis, incluindo figuras de alto escalão, como o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Mohamad Hossein Baqari, o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o líder da Força Aeroespacial, Amir Ali Hajizadeh.
Desde então, o Irã tem respondido com ataques em larga escala, lançando centenas de mísseis contra cidades israelenses como Tel Aviv e Jerusalém. O número de vítimas segue crescendo, com dezenas de mortos e centenas de feridos confirmados até o momento dos dois lados.
Diante da escalada do confronto, os Estados Unidos anunciaram o fechamento temporário da sua embaixada em Jerusalém até, pelo menos, sexta-feira (20), citando os riscos à segurança e a instabilidade na região.
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