O Exército de Israel anunciou, no fim da noite desta quarta-feira (18), um novo ataque aéreo contra Teerã e outras regiões do Irã. Por volta das 22h07, no horário de Brasília, as Forças de Defesa de Israel informaram o início de mais uma onda de bombardeios, repetindo o padrão adotado nas noites anteriores.
Ao mesmo tempo, veículos de imprensa como a Al Jazeera, do Catar, e a iraniana Press TV relataram explosões na capital iraniana e na cidade vizinha de Karaj.
Minutos depois, o porta-voz do Exército israelense para a imprensa árabe, Avichay Adraee, publicou uma mensagem na rede social X (antigo Twitter), pedindo que os moradores de Arak e Khandab — cidades localizadas a cerca de 300 quilômetros de Teerã — deixassem imediatamente a região.
“Cidadãos, por sua segurança, pedimos que abandonem as áreas designadas nas cidades de Arak e Khandab”, escreveu.
A ofensiva israelense mira supostas infraestruturas militares e nucleares. Próximo a Arak, está situado um importante reator nuclear de água pesada do Irã.
Este é o sétimo dia consecutivo de ataques israelenses ao território iraniano, iniciados na madrugada da última sexta-feira. Segundo o governo de Israel, o objetivo é conter o avanço do programa nuclear iraniano.
Os bombardeios têm atingido instalações estratégicas do Irã, que vem respondendo com o lançamento de mísseis contra cidades como Tel Aviv e Jerusalém, além de bases militares israelenses.
Míssil iraniano atinge hospital em Israel e agrava conflito com Teerã
O confronto entre Israel e Irã ganhou um novo e alarmante capítulo nesta quinta-feira (19), quando um míssil iraniano atingiu diretamente o Hospital Soroka, em Beersheba, no sul de Israel. Considerado um dos ataques mais graves desde o início da escalada militar, o bombardeio deixou ao menos 40 pessoas feridas — duas em estado grave — segundo os serviços de emergência israelenses.
O ataque foi interpretado como uma provocação direta ao governo israelense e à comunidade internacional, especialmente por ter como alvo uma das principais unidades de saúde do país. O bombardeio ocorre em meio a uma sucessão de ofensivas mútuas entre os dois países, que já dura sete dias, com a tensão crescente em torno do programa nuclear iraniano como pano de fundo.
Netanyahu promete retaliação severa
Diante do ataque ao hospital, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu com firmeza. Em uma publicação nas redes sociais, condenou a ofensiva e prometeu retaliação. “Os tiranos terroristas do Irã lançaram mísseis contra o Hospital Soroka, em Beersheba, e contra civis no centro do país. Cobraremos o preço total dos tiranos de Teerã”, afirmou no X.
Irã lança novo ataque e faz ameaças
Na quarta-feira (18), o Irã realizou sua 12ª onda de ataques contra Israel. Segundo a agência estatal Irna, o país utilizou mísseis balísticos de longo alcance, incluindo o modelo Sejjil, com dois estágios de disparo. Os alvos, de acordo com Teerã, incluíam bases militares e de inteligência, como o Mossad e a Aman.
Em tom ameaçador, o regime iraniano declarou que os bombardeios serão contínuos e afirmou que “os portões do inferno” foram abertos sobre os israelenses.
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