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Foz do Amazonas: guerra pressiona liberação da exploração de petróleo

24/06/20255 Mins Read
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A escalada do conflito entre Israel e Irã reacendeu a pressão no Brasil para ampliação de novas fronteiras de exploração de petróleo, como a Foz do Amazonas. As entidades do setor alertam sobre o impacto das ofensivas no Oriente Médio no preço do barril de petróleo.

Israel iniciou uma nova ofensiva contra o Irã em 13 de junho, com a justificativa de que o país persa estaria próximo da fabricação de uma bomba atômica. O Irã nega as acusações e defende que as usinas nucleares dentro do seu território são para fins pacíficos, como geração de energia.

No entanto, nos últimos dias, houve uma escalada do conflito no Oriente Médio, com o envolvimento, inclusive, dos Estados Unidos. As forças militares norte-americanas bombardearam, no último sábado (21/6), três instalações de enriquecimento de urânio no Irã.

Com isso, o aiatolá Ali Khamenei, disse, no domingo (22/6), que os Estados Unidos iriam sofrer as consequências das ofensivas. “O dano que os Estados Unidos sofrerão se entrarem militarmente neste campo será, sem dúvida, irreparável.” Em retaliação, o Irã atacou bases militares norte-americanas no Catar, nessa segunda-feira (23/6).

Também na segunda, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um cessar-fogo entre israelenses e iranianos.

De toda forma, as incertezas em relação ao confronto persistem e deixam o mundo em estado de alerta.

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A base militar de Al-Uldeid, no Catar, é a maior instalação dos Estados Unidos na região. Nas últimas semanas, muitas aeronaves e funcionários da base foram evacuados

Reprodução/Redes sociais

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Pelo menos 10 mísseis foram lançados em direção ao Catar e pelo menos um míssil foi lançado em direção ao Iraque

Reprodução/Redes sociais

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Teerã no Irã após ataque de Israel

Reprodução/X

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Ataques de Israel atingiram várias partes do Irã

Reprodução/X

Diante do conflito no Oriente Médio, a diretoria executiva do Instituto Brasileiro de Petróleo Gás (IBP) se reuniu para discutir o tema e as consequências do conflito para o setor petroleiro no Brasil.

“O mercado internacional apresenta no momento alta volatilidade em razão da diminuição da produção de importantes países produtores, tais como o Irã, bem como das dificuldades logísticas de escoamento de petróleo e gás da região do Oriente Médio, por conta do risco de fechamento do estreito de Ormuz, região marítima entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico que é via de transporte de cerca de 20% de todo o petróleo global”, destacou o IBP.

Uma das medidas apontadas pelo instituto para aliviar a pressão no setor petroleiro seria a ampliação das fronteiras de exploração no Brasil, como na Foz do Amazonas, presente na Margem Equatorial. “Necessidade de avançar na atividade de prospecção e exploração de novas acumulações de petróleo no Brasil.”


Situação na Foz do Amazonas

  • A margem equatorial vai do Rio Grande do Norte ao Amapá e é alvo de interesse da Petrobras. A petroleira pretende investir US$ 3,1 bilhões na exploração de petróleo e gás na região.
  • Em maio de 2023, o Ibama negou a licença ambiental por inconsistências técnicas. Já em maio de 2025, o órgão ambiental aprovou plano de resgate de fauna da Petrobras, em caso de vazamento, um passo importante.
  • O presidente Lula defende a exploração, desde que com responsabilidade ambiental. Por outro lado, a ministra do Meio Ambiente alerta sobre a necessidade de reduzir combustíveis fósseis.
  • Agência Nacional de Petróleo (ANP), inclusive, chegou a realizar o leilão de 47 blocos na Foz do Amazonas, sendo 19 arrematados no último dia 17 de junho.
  • No entanto, o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a suspensão da próxima etapa do leilão. A solicitação inclui a proibição da homologação dos blocos, prevista até 1º de setembro.

Instabilidade

Para Igor Lucena, economista e doutor em Relações Internacionais, a partir do momento em que os países do Golfo Pérsico entram em guerra há o receio por uma instabilidade na produção de petróleo e a necessidade de buscar novas alternativas.

“O fechamento do Estreito de Ormuz e a possibilidade de um estrangulamento na capacidade operacional de petróleo no mundo forçam o governo brasileiro a buscar maior independência na produção de petróleo. Isso leva à necessidade de ampliar nossa capacidade de produção”, pontua Igor Lucena.

O Estreito de Ormuz é responsável por interligar produtores de petróleo do Oriente Médio com mercados da Ásia, Europa e da América do Norte. A região está localizada entre o Irã e Omã, separando os dois países por cerca de 33 quilômetros.

Na avaliação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, há uma tendência para subida no preço do barril de petróleo, mas o Brasil irá acompanhar a situação no Oriente Médio para estudar medidas de mitigação.

Apesar do receio para o aumento do preço do petróleo, o barril teve uma queda na segunda-feira. O Brent (referência mundial), negociado na bolsa ICE, em Londres, teve queda de 6,67%, encerrando o dia cotado a US$ 70,52 o barril.

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