O 63º Encontro Ruralista, realizado nesta terça-feira (3) em Belém, reuniu produtores, especialistas e autoridades políticas para discutir os desafios do agro paraense às vésperas da COP 30. Promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), o evento destacou o protagonismo do estado na busca por equilíbrio entre produção agropecuária e preservação ambiental.

Um dos destaques foi o lançamento da Cota de Proteção Ambiental, proposta que permite ao produtor compensar áreas desmatadas adotando florestas públicas do Estado, a um custo de até R$ 100 por hectare ao ano. O governador Helder Barbalho afirmou que o objetivo é viabilizar a legalização da produção, sem foco em arrecadação: “O produtor ganha, a floresta permanece em pé e o Estado avança nas metas climáticas.”

Durante o evento, também foi assinado um termo de cooperação entre o Governo do Pará, o Ministério das Cidades e a Faepa, com ações voltadas à habitação rural, acesso à água potável e infraestrutura para comunidades ribeirinhas e extrativistas. O ministro das Cidades, Jader Filho, defendeu que essas políticas são essenciais para a dignidade de quem vive e produz na Amazônia.

A programação contou ainda com painéis sobre reforma tributária, inovação tecnológica e sustentabilidade, além de debates sobre a atuação do agro paraense na COP 30. O engenheiro Evaristo Miranda e o ex-ministro Aldo Rebelo estiveram entre os palestrantes. Para o vice da Faepa, Fernão Zancaner, o produtor rural do Pará é peça-chave na conservação ambiental e no desenvolvimento social do estado.

O evento prestou homenagem póstuma ao líder rural Jahyr Seixas, com a entrega da Comenda que leva seu nome a personalidades como Jader Filho e a vice-governadora Hana Ghassan, reconhecida como madrinha do agro paraense por sua atuação em defesa do setor produtivo.