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Bilionários estão comprando terras agrícolas; entenda movimento

16/06/20257 Mins Read
Bilionários estão comprando terras agrícolas; entenda movimento
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Não é mais só sobre imóveis de luxo ou startups de tecnologia. Um movimento silencioso está acontecendo entre os nomes mais ricos do mundo: a compra de fazendas e grandes extensões de terras produtivas. E não é por hobby.

Nos últimos anos, terras agrícolas têm se tornado um ativo cada vez mais cobiçado por grandes investidores e bilionários em busca de proteção contra a inflação e volatilidade dos mercados. Diferente de ações ou criptomoedas, que podem sofrer oscilações bruscas, o valor da terra tende a se manter ou até aumentar com o tempo, especialmente em um mundo com crescente demanda por alimentos. Além disso, propriedades rurais geram renda por meio da produção agrícola, tornando-as investimentos atraentes para quem busca retornos estáveis e de longo prazo.

Entre os magnatas que entraram nesse mercado, Bill Gates se destaca como um dos maiores proprietários privados de terras agrícolas nos Estados Unidos. Por meio de sua holding de investimentos, Cascade Investment, o fundador da Microsoft adquiriu mais de 100 mil hectares em diversas regiões do país, incluindo áreas destinadas ao cultivo de soja, milho e algodão. Gates não esconde seu interesse no setor: ele já afirmou que a agricultura será crucial para enfrentar desafios globais, como a segurança alimentar e as mudanças climáticas.

Mark Zuckerberg, criador do Facebook, também entrou nessa tendência. Ele e sua esposa, Priscilla Chan, compraram extensas propriedades no Havaí, incluindo terras agrícolas, com o objetivo declarado de promover agricultura sustentável e conservação ambiental. Outros bilionários, como o empresário Ted Turner e o fundador da Amazon, Jeff Bezos, também possuem vastas áreas rurais, seja para produção agropecuária, preservação ecológica ou simplesmente como reserva de valor.

Esse movimento reflete uma estratégia clara: em um cenário de incertezas econômicas e escassez de recursos naturais, a terra agrícola se consolida como um ativo tangível e essencial. Para os super-ricos, não se trata apenas de diversificar investimentos, mas de assegurar um patrimônio que tende a valorizar enquanto o mundo enfrenta desafios como o crescimento populacional e a necessidade de alimentos. Enquanto outros mercados oscilam, o agro segue firme – e os bilionários já perceberam isso.

Foto: Wenderson Araujo

Um ativo real em tempos instáveis

Em meio à volatilidade dos mercados financeiros, onde ações e empresas de tecnologia podem sofrer quedas bruscas devido a fatores especulativos ou mudanças na economia global, a terra agrícola se destaca como um ativo físico e tangível. Diferentemente de investimentos intangíveis, como criptomoedas ou papéis de empresas em setores voláteis, o valor da terra está ancorado em sua utilidade real – seja para produção de alimentos, biocombustíveis ou expansão imobiliária. Essa característica a torna menos suscetível a crises momentâneas, garantindo maior estabilidade no longo prazo.

A resiliência da terra como investimento ficou ainda mais evidente nos últimos anos, marcados por incertezas econômicas, pandemias e conflitos geopolíticos. Enquanto bolsas de valores ao redor do mundo enfrentaram quedas expressivas, o mercado de terras agrícolas manteve trajetória de valorização, especialmente em países com forte base no agronegócio, como o Brasil. Isso ocorre porque a demanda por alimentos é constante e inelástica – ou seja, mesmo em cenários adversos, as pessoas precisam se alimentar, sustentando a rentabilidade do setor.

Além disso, a terra funciona como uma proteção natural contra a inflação, já que seu valor tende a acompanhar ou até superar o aumento geral de preços na economia. Investidores que buscam diversificar suas carteiras têm visto no agro uma alternativa segura, capaz de gerar renda por meio da produção agrícola e, ao mesmo tempo, valorizar-se como patrimônio. Enquanto ativos digitais ou financeiros podem desaparecer em crises severas, a terra permanece – e, por isso, continua sendo um dos investimentos mais sólidos em tempos de incerteza.

colheita da soja com colhedeira massey fergusson - fotao com mata ao fundo area de preservacao permanente
Foto: Wenderson Araujo

Proteção contra inflação

Nos últimos anos, os preços das terras agrícolas no Brasil registraram um aumento expressivo, impulsionados pela alta demanda por commodities, valorização do agronegócio e escassez de áreas produtivas disponíveis. Segundo dados do Índice de Preços de Terras da FGV (Fundação Getúlio Vargas), o valor médio das terras no país subiu mais de 200% na última década, superando a inflação e outros investimentos tradicionais. Esse cenário reflete a forte atratividade do setor agrícola, que segue como um dos pilares da economia brasileira.

No Paraná, os preços das terras atingiram patamares recordes, consolidando o estado como a região com os valores mais altos do país. De acordo com levantamento da Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o hectare no estado pode custar, em média, R$ 60 mil a R$ 80 mil em áreas de alta produtividade, chegando a ultrapassar R$ 100 mil em regiões como o Norte Pioneiro e o Oeste Paranaense. Essa valorização está diretamente ligada à fertilidade do solo, infraestrutura logística e ao cultivo de grãos como soja e milho, que garantem retornos elevados aos produtores.

O crescimento no valor das terras no Paraná e em outras regiões do Brasil também está associado ao interesse de investidores nacionais e internacionais, que enxergam o agro como um ativo seguro e rentável a longo prazo. No entanto, essa alta nos preços tem gerado desafios, como a dificuldade de acesso à terra para pequenos agricultores e o aumento dos custos de produção. Apesar disso, a tendência é que o mercado continue aquecido, especialmente em áreas com potencial para expansão de cultivos e integração com mercados globais.

À medida que os preços dos alimentos sobem, o valor das terras também. Para os bilionários, isso representa uma forma eficaz de proteger e expandir seu patrimônio em meio à instabilidade.

RPK Genética / Foto: Evoluê AG

Rendimento da produção de grãos e carne

Grandes corporações, principalmente aquelas ligadas ao setor agrícola, também estão entrando no jogo. Estão adquirindo grandes quantidades de terra para garantir acesso exclusivo às culturas mais lucrativas e aos insumos mais valiosos. Os lucros de quem trabalha com agricultura podem variar significativamente dependendo do tipo de cultivo, escala de produção, acesso a tecnologias e condições de mercado.

Produtores que adotam técnicas modernas, como agricultura de precisão e manejo sustentável, tendem a ter maior rentabilidade devido ao aumento da produtividade e redução de custos. Além disso, a valorização de commodities no mercado internacional e a demanda por alimentos de qualidade têm impulsionado os ganhos, especialmente para grandes e médios produtores.

Enquanto a população mundial continua a crescer, o agronegócio se mantém como um setor indispensável para o futuro da humanidade. Unir produtividade com sustentabilidade será o grande desafio das próximas décadas, mas com tecnologia e gestão responsável, é possível alimentar o mundo sem esgotar seus recursos. A comida que vem do campo não sustenta apenas corpos – sustenta civilizações.

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