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Um levantamento alarmante divulgado pela Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) nesta terça-feira (27/05) escancarou uma realidade preocupante: 42,2% das vítimas fatais de sinistros de trânsito no Estado consumiram álcool e/ou drogas antes do acidente.
O estudo, inédito no Brasil, analisou mais de 2.600 laudos do Laboratório de Toxicologia Forense (LabTox), referentes a acidentes entre os anos de 2013 e 2023. Os dados revelam que o álcool foi a substância mais encontrada (32,3%), seguido por cocaína (11,1%), canabinoides (8,4%) e anfetaminas (0,6%).
A maior parte das vítimas era homem, pardo e jovem — com destaque para a faixa etária entre 18 e 24 anos, a mais afetada. Para os especialistas, os números mostram que grande parte da população ainda não entendeu o perigo de dirigir sob efeito de substâncias psicoativas.
“Esse percentual de 40% a 45% se mantém desde 2011. Ou seja, as pessoas continuam morrendo pelos mesmos motivos, apesar dos alertas”, disse a perita-chefe do LabTox, Mariana Dadalto.
Metanfetamina em motorista de caminhão acende novo alerta
O painel também revelou um dado inédito e preocupante: em 2024, foi identificada pela primeira vez a presença de metanfetamina no corpo de um caminhoneiro que morreu em um acidente na BR-101, em Aracruz. A substância, extremamente potente e perigosa, já circula no Espírito Santo em comprimidos conhecidos como “rebite” ou com o nome comercial “Nobesio”, segundo os peritos.
“A metanfetamina acelera o corpo, tira o sono, mas também diminui o reflexo, altera a visão e pode causar acidentes fatais. É uma droga perigosa e viciante”, explicou o perito César Rezende.
Com a queda histórica de homicídios em 2024, o trânsito passou a ocupar posição de destaque entre as principais causas de morte violenta no Espírito Santo. Por isso, o estudo da PCIES é fundamental para direcionar ações de prevenção, fiscalização e conscientização da população.
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