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Acre Tem A 2ª Taxa Mais Alta De Acidentes Com Animais Peçonhentos Da Região Norte. Profissionais De Saúde Recebem Capacitação Para Atender

01/06/20254 Mins Read
Acre Tem A 2ª Taxa Mais Alta De Acidentes Com Animais Peçonhentos Da Região Norte. Profissionais De Saúde Recebem Capacitação Para Atender
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Acre registra quase 500 acidentes e uma morte por animais peçonhentos em um ano

A incidência de acidentes por 100 mil habitantes é uma das mais altas da região Norte, com 51,83, atrás apenas de Roraima (81,81 por 100 mil hab.) e Pará (59,63 por 100 mil hab.).

A Região Norte apresentou coeficiente de incidência de 51,84/100 mil hab., cerca de 3,4 vezes maior que o coeficiente de incidência brasileiro (15,28 acidentes/100 mil hab.). Os estados que mais notificaram óbitos foram Bahia (24), Pará (17) e Minas Gerais (15). A Região Nordeste notificou mais óbitos (46), seguida pela Região Norte (45).

Segundo o Boletim Epidemiológico dos acidentes ofídicos no Brasil, do Ministério da Saúde (MS),  em 2023, o Acre registrou 470 casos de acidentes com animais peçonhentos como lagarta, abelha, serpente, aranha e escorpião.

O Acre registrou também uma morte em 2023 por acidente com animal peçonhento.

Dentre as serpentes as que mais causaram acidentes e óbitos foram as jararacas (acidentes botrópicos).

Com o objetivo de qualificar o atendimento prestado em casos de acidentes com animais peçonhentos no estado, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) promoveu, entre os dias 26 e 30 de maio, uma capacitação voltada a médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e profissionais da vigilância em saúde. A iniciativa ocorreu em Rio Branco e em Cruzeiro do Sul, contemplando cerca de 100 participantes, ao todo.

Organizada pelo Núcleo de Zoonoses da Sesacre, com o apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde Indígena, a capacitação abordou aspectos do diagnóstico e tratamento de acidentes causados por serpentes, escorpiões, aranhas e outros animais peçonhentos comuns na região amazônica, incluindo espécies aquáticas como a arraia, frequentemente associada a acidentes em rios e igarapés do Acre.

As atividades foram conduzidas pelo gerente médico do Centro de Assistência Toxicológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Dr. Carlos Roberto de Medeiros, e pela consultora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), Lucia Montebello. Os participantes foram orientados sobre a diferenciação entre espécies, reconhecimento de sintomas, manejo clínico dos pacientes e indicações para o uso do soro. Também foram discutidas as limitações de acesso nas zonas rurais e ribeirinhas, locais onde os acidentes são mais frequentes.

“Para quem vive onde barco e helicóptero são a única saída, cada segundo conta. É por isso que estamos investindo na capacitação das equipes e na reorganização da distribuição dos soros antivenenos, para que mesmo quem está nas áreas mais distantes tenha acesso ao atendimento adequado, no tempo certo. Essa é uma construção conjunta com o Ministério da Saúde e com os profissionais que conhecem a realidade de perto”, pontuou o secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal.

A médica veterinária Júlia Galdino, do Núcleo de Zoonoses da Sesacre, complementa que a capacitação também tem como objetivo reforçar a atenção à saúde indígena. “Esse ano nós estamos muito focados na saúde indígena também, porque essa equipe do Ministério veio para conversar, se reunir com a equipe para estabelecer um fluxo de descentralização desses soros antivenenos, o que significa que agora os soros chegarão a áreas mais distantes, em comunidades e aldeias onde o acesso é difícil”, explica.

Atualmente, o soro antiveneno só está disponível no Pronto-Socorro de Rio Branco, unidade de referência para esses casos. Essa situação, segundo o enfermeiro Enoque Feijó, reforça ainda mais a importância da capacitação. “Nós, que trabalhamos nesta unidade, temos que saber quando o soro deve ser oferecido, em quais situações é indicado ou não. No nosso estado, por exemplo, o principal animal peçonhento causador de acidentes é a cobra venenosa, diferente de outras regiões do Brasil onde os escorpiões são mais comuns. Isso é fundamental para reduzir sequelas como necrose e amputação”, relata o profissional, que atua no pronto-socorro.

Com a capacitação e a nova organização dos atendimentos, a expectativa é reduzir o número de mortes e problemas graves causados por acidentes com animais peçonhentos no Acre, principalmente para quem vive longe e não pode esperar.

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