A Autoridade de Aviação Civil Iraquiana anunciou hoje a reabertura do espaço aéreo do Iraque ao tráfego aéreo internacional, após uma avaliação completa da situação de segurança e em coordenação com as autoridades nacionais e internacionais competentes.
O presidente da instituição iraquiana, Bangin Rekani, afirmou que a decisão de reabrir o tráfego aéreo se deve à “melhoria nas condições de segurança e à capacidade do Iraque de garantir os mais altos padrões de segurança e controle do tráfego aéreo para as aeronaves que sobrevoam o país”.
“A reabertura do espaço aéreo iraquiano vai reforçar a posição geográfica estratégica do Iraque como um corredor aéreo entre o Oriente e o Ocidente, além de contribuir para a redução do tempo de voo e dos custos com combustível para as companhias aéreas internacionais”, acrescentou Rekani.
Ele destacou ainda que a navegação aérea será gerida de acordo com os padrões da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), “com total compromisso com os procedimentos de segurança e com a coordenação contínua com o centro regional de navegação aérea e com os órgãos de aviação dos países vizinhos”.
O fechamento do espaço aéreo do Iraque, Bahrein, Kuwait e Qatar, na noite de segunda-feira, resultou no cancelamento, suspensão ou desvio de diversos voos de companhias aéreas do Oriente Médio, como Qatar Airways, EgyptAir (Egito) e Etihad Airways (Emirados Árabes Unidos). Segundo autoridades locais, o tráfego aéreo na região já foi normalizado.
O ataque com mísseis iranianos à base aérea de Al-Udeid, a maior base militar dos Estados Unidos no Oriente Médio, localizada nos arredores de Doha, foi confirmado pelas Forças Armadas do Irã. O ataque seria uma retaliação aos bombardeios dos EUA a três instalações nucleares iranianas no último fim de semana.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite passada um acordo de cessar-fogo para conter a escalada de hostilidades entre Jerusalém e Teerã nos últimos 12 dias, que causaram mais de 20 mortes em Israel e mais de 400 no Irã. Desde que Israel lançou um ataque militar ao Irã em 13 de junho, os dois países têm trocado ataques com drones e mísseis.
No entanto, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou hoje que o Irã violou completamente o cessar-fogo, ao lançar mísseis após a entrada em vigor da trégua. Katz disse ter dado ordens às Forças Armadas israelenses para retomarem os ataques contra alvos paramilitares e governamentais iranianos.
As autoridades iranianas afirmaram hoje que o país continua “pronto para responder a qualquer agressão”, e a TV estatal negou que o Irã tenha violado o cessar-fogo.
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