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“Não é comum”, comenta professor

20/06/20253 Mins Read
"Não é comum", comenta professor
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Cobras são vistas em galho de árvore em estrada de Cruzeiro do Sul, no Acre. Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

Um caso curioso movimentou a Estrada da Boca da Alemanha, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, no dia 17 de junho. Nada menos que cinco jiboias (isso mesmo: cinco!), de porte médio a grande, foram encontradas distribuídas em duas árvores às margens da rodovia, em acasalamento.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o chamado foi feito por um homem que disse que havia avistado cinco cobras em uma árvore. Ao chegarem no local, a guarnição identificou quatro jiboias nos galhos e uma que havia descido, ou melhor, caído da árvore.

Leia também: Lendas da jiboia na Amazônia envolvem rituais mágicos e porões de embarcações

Coincidência ou não, este homem se tratava do herpetólogo e professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Paulo Bernarde, que passava pela estrada exatamente naquele momento. Ao ver a cobra no chão, o especialista não hesitou: conteve o animal e o colocou no carro até a chegada da guarnição.

Ao Grupo Rede Amazônica, o doutor em Zoologia disse que o encontro múltiplo de serpentes dessa espécie não é exatamente comum, mas ocorre em períodos específicos do ano. “A fêmea emite feromônios e os machos captam o cheiro e vão atrás dela”, explicou ele.

Esses feromônios são emitidos para atrair machos durante o cio, o que pode explicar o “condomínio serpentário” formado.

Agora, para alcançar as demais serpentes, que estavam em galhos altos, os bombeiros precisaram de cuidado e utilizaram motosserras, já que a área apresentava vegetação densa e proximidade com residências.

Após o resgate, os animais foram soltos em uma área de mata distante da zona urbana, garantindo segurança tanto para os moradores quanto para as jiboias.

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“Na árvore Havaí, [também haviam] outras quatro serpentes de médio e grande porte, totalizando cinco animais. A guarnição, utilizando uma escada, fez a poda de alguns galhos, trazendo os animais pro chão, e em seguida as capturou, colocaram na caixa de transporte, se deslocaram para uma área de mata longe de residências e fizeram a soltura dos animais”, disse o tenente Rosenildo Pires, do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul.

Os bombeiros orientam que ao se depararem com animais silvestres em áreas urbanas, moradores devem manter distância e acionar o número 193.

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“Embora elas estivessem numa árvore que, teoricamente, é o aspecto natural delas, elas estavam passivas de um acidente, de serem atropeladas por um carro, ou então alguém passar e arremessar pedras, tentando contra a vida desses animais. Por ser uma rota de muita trafegabilidade, tanto de pedestre como de veículos e motocicletas, é interessante que acionem o 193 que iremos fazer captura desses animais e devolver para outro habitat natural deles, longe da civilização, para proteger a integridade delas”, complementou o militar.

*Por Renato Menezes, da Rede Amazônica AC

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