A primeira grande polêmica do Mundial de Clubes envolve… Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Na quarta-feira, antes mesmo da estreia goleadora da Juventus contra o Al Ain (5 a 0), uma delegação do clube italiano foi até Washington D.C. em uma ação organizada pela FIFA. O que deveria ser apenas um momento institucional rapidamente ganhou conotações políticas, deixando os jogadores visivelmente desconfortáveis.
Na Sala Oval da Casa Branca, Trump recebeu o técnico da Juventus, Igor Tudor, e vários jogadores da equipe, entre eles os norte-americanos Timothy Weah e Weston McKennie.
De forma inesperada, o presidente dos EUA assumiu o protagonismo do encontro e iniciou uma espécie de coletiva de imprensa, abordando diversos temas, incluindo o conflito entre Israel e Irã, que vem se intensificando nos últimos dias.
“Foi uma surpresa total pra mim, sinceramente. Disseram que a gente tinha que ir e eu não tive escolha. Foi meio estranho. Quando ele [Donald Trump] começou a falar de política, do Irã e tudo mais… Eu só quero jogar futebol, cara”, contou Timothy Weah, segundo o jornal The Athletic, que divulgou mais detalhes dessa visita polêmica da Juventus à Casa Branca.
Juventus player Tim Weah on being at the White House:
“They told us that we have to go and I had no choice but to do it”
“When he [Trump] started talking about the politics with Iran and everything, it was kind of like, I just want to play football man.” pic.twitter.com/hi44GnayCj
— Leyla Hamed (@leylahamed) June 19, 2025
Weston McKennie também pareceu estar desconfortável por estar participando naquele momento, tendo como agravante o fato de ter chegado a chamar Trump de “ignorante” em 2020, por conta da sua resposta ao movimento ‘Black Lives Matter’.
President @realDonaldTrump welcomes @juventusfc to the Oval Office 🇺🇸 pic.twitter.com/NjCuGCR5n0
— Margo Martin (@MargoMartin47) June 18, 2025
A pergunta mais bizarra
Trump ainda tentou — da pior forma — quebrar o gelo com a delegação italiana ao fazer uma pergunta que teve o efeito contrário. O presidente questionou se “uma mulher poderia entrar” naquele time de “rapazes”, ao que Damien Comolli, diretor geral da Juventus, respondeu lembrando que o clube tem “uma equipe feminina muito forte”.
“Viram? Eles são bem diplomáticos”, rebateu Trump, diante da presença de diversos jornalistas.
Infantino também presente
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, também fez questão de comparecer à cerimônia na Sala Oval e apareceu bastante sorridente — ao contrário dos membros da Juventus. Trump ainda aproveitou a ocasião para minimizar a proibição de entrada nos EUA para cidadãos de 19 países — número que pode aumentar para 36 — mesmo com o país se preparando para sediar a Copa do Mundo de 2026, junto com Canadá e México.
“Não acho que ele [Infantino] esteja muito preocupado com essa restrição de viagens. Ele nem sabe o que é isso, eu acho. Me diga o que é, Gianni. Ele não sabe. Já está praticamente rendido”, ironizou Trump, arrancando risos de Infantino.
Gianni Infantino, presidente da FIFA, ao lado de Donald Trump, numa imagem que se tem vindo a repetir ao longo dos últimos meses.
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