Deputada federal lidera debate inédito no estado e cobra soluções estruturantes para garantir o direito à educação com dignidade nas regiões mais isoladas do Acre e da Amazônia
A deputada federal Socorro Neri conduziu, nesta terça-feira (17), em Rio Branco, uma audiência pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, com foco nos desafios da oferta educacional em áreas rurais e indígenas do Acre. O encontro reuniu autoridades, lideranças e representantes de órgãos de controle para discutir soluções concretas que assegurem educação com dignidade e estrutura adequada a estudantes que vivem em comunidades remotas.
Durante o evento, a parlamentar destacou em sua fala que é preciso olhar com seriedade para a realidade dos estudantes da Amazônia e agir com firmeza.
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“Precisamos garantir que o direito à educação aconteça com dignidade e qualidade para todos os estudantes. O que realizamos hoje foi uma escuta ativa e propositiva. Nosso próximo passo será levar os encaminhamentos à Comissão de Educação e buscar financiamento, inclusive por meio de emendas parlamentares e de comissão”, declarou a deputada.
O secretário de Educação do Acre, Aberson Carvalho, destacou que o debate também serve para chamar a atenção do país às especificidades da Amazônia:
“Esse seminário dá voz ao Acre e à Amazônia. As dificuldades enfrentadas aqui são históricas. O valor destinado a um aluno rural em São Paulo é o mesmo de um aluno que passa até 4 horas de barco para chegar à escola no Acre. Isso é uma distorção. Precisamos de um olhar que considere essas realidades com justiça”, afirmou.
Também participaram da audiência: Mauro Braga (presidente da UNDIME/AC e secretário municipal de Educação de Feijó), Maria de Fátima Miranda (vice-presidente do Conselho Estadual de Educação), Vômea Araújo (presidente da UNCME/AC), Francisca Arara (secretária de Povos Indígenas), Laélia Lima (representante do TCE/AC) e Abelardo Townes (promotor de Justiça do MPAC).
Ao final do encontro, Socorro Neri reafirmou seu compromisso com a defesa da educação pública e com a construção de caminhos reais para a superação das desigualdades.
“Seguiremos mobilizados para transformar a escuta em ação. A educação é um direito e um dever do Estado. O Acre e a Amazônia não podem mais esperar.”