loader image

Shopping cart

Nenhum produto no carrinho.

  • Home
  • Blog
  • Com olhos do mundo no Oriente Médio, Putin faz mega-ataque a Kiev
Blog

Com olhos do mundo no Oriente Médio, Putin faz mega-ataque a Kiev

17/06/20253 Mins Read
Com olhos do mundo no Oriente Médio, Putin faz mega-ataque a Kiev
2

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Enquanto os olhos do mundo se direcionam para a nova guerra no Oriente Médio, o conflito na Ucrânia teve uma das mais dramáticas noites em seus quase três anos e meio em Kiev. Um mega-ataque russo matou 16 pessoas na capital ucraniana.

Foram empregados 440 drones e 32 mísseis, perto do recorde russo no conflito, de 499 armamentos em um só ataque. Boa parte deles foram enviados para a capital, mas houve ações outras regiões -e uma pessoa morta em Odessa, no sul.

O foco, contudo, foi na capital. Vinte e sete regiões foram alvejadas em ondas que duraram a noite toda. Pela manhã, um prédio residencial de nove andares foi atingido por um drone no distrito de Smolianskii, conforme vídeo do ataque mostrou. Os russos disseram ter mirado apenas instalações militares.

Ao menos 44 pessoas ficaram feridas, segundo o governo local. Entre os mortos há um cidadão americano de 62 anos, atingido por destroços.

Houve ataques da Ucrânia contra a Rússia também. Ao menos 147 drones de Volodimir Zelenski foram derrubados, segundo o Ministério da Defesa em Moscou, o que significa um número bem maior de aeronaves enviadas. Duas delas miravam a capital russa.

A mega-ação ocorre em um momento nebuloso do conflito. O ataque de Israel ao Irã retirou atenção da guerra europeia. Em ambas, o ator central para definir para onde vai o conflito é Donald Trump, o mercurial presidente americano.

Na segunda (16), ele surpreendeu o Kremlin com o anúncio do seu governo de que as conversas diretas que iniciou entre Rússia e Estados Unidos estavam suspensas. O motivo mais óbvio era a presença de Trump na reunião do países ricos do G7, no Canadá.

Lá, ele seria admoestado por sua mudança na postura americana na guerra, de apoiador incondicional de Kiev a desconfiado mediador, próximo das visões russas sobre as origens do conflito. Nem deu tempo: o recrudescimento da guerra no Oriente Médio e o temor do envolvimento americano nela fez com que Trump deixasse o Canadá mais cedo.

Mas há outras questões. Há duas semanas, os russos entregaram sua lista de exigências para acabar com o conflito, e receberam as da Ucrânia. Elas são incompatíveis: os russos não topam o cessar-fogo antes de alinhar os termos de paz, enquanto os ucranianos não aceitam as imposições russas, que vão de perda territorial à realização de eleições.

Isso exasperou Trump, que vem tentando oferecer uma solução rápida para uma guerra muito complexa desde antes de assumir seu segundo mandato, em janeiro. Tendo aberto conversas diretas em três rodadas presenciais com os russos e falado cinco vezes ao telefone com Putin, ele parece esperar mais.

Em Moscou, no entorno do Kremlin, observadores afirmam que a ordem é não ceder. Nesse sentido, o ataque desta terça se encaixa de manter a pressão militar. Em campo, houve avanços lentos no sul e no leste da Ucrânia também.

Além disso, a guerra Israel-Irã dá margem de manobra para Putin, que apesar da pressão americana não sofre nenhum tipo de ultimato de Trump. Aliado ao fato de que o preço do petróleo está subindo devido à confusão no Oriente Médio, Putin pode até celebrar o mau momento dos aliados em Teerã, dado que parte das receitas da grande produção russa da commodity financia o esforço de guerra.

Fonte

Posts Relacionados