Todo mundo sabe, até quem finge que não, que é o agronegócio que sustenta esse país. É ele que bota comida na mesa, gera emprego e segura a economia de pé. Sem o agro, de onde você acha que vem o que você come todo dia?
Mas o que vemos? Três produtores presos. Gado abatido. Crianças chorando. Famílias expulsas. Alguém finge surpresa? O jogo é velho. De um lado, homens que acordam antes do sol, que plantam, criam, produzem, constroem. Do outro, uma máquina pública movida a ideologia, que vê crime onde há trabalho e destruição onde há desenvolvimento.
O deputado federal Coronel Ulysses foi até lá. Na cara dos agentes. Perguntou, cobrou, exigiu. Cadê o amparo legal dessa operação? Resposta: silêncio. Desprezo. Desobediência à própria lei que dizem defender. Quem deveria proteger o cidadão virou aparelho de perseguição.
E aqui é preciso dizer o que ninguém tem coragem de dizer. Essa operação não tem nada a ver com meio ambiente. Nunca teve. É guerra contra o produtor. É guerra contra qualquer um que ouse gerar riqueza fora dos centros iluminados do Sudeste, dos apartamentos com vista pro mar e das ONGs financiadas por gringos que nunca pisaram no barro de um ramal.
Sabe qual é o problema? O problema é que o Brasil foi sequestrado por uma elite burocrática que romantiza a pobreza. Acreditam, honestamente, que um homem criando gado na Amazônia é uma ameaça maior que o narcotráfico, que o crime organizado e que os bilhões desviados todo santo dia em Brasília.
A pergunta é uma só. Até quando? Até quando vamos aceitar que quem acorda às cinco da manhã, quem paga imposto, quem gera emprego e quem bota comida na mesa desse país seja tratado como criminoso?
Durma-se com um barulho desses. O gado dos produtores acreanos sendo levado para o Pará. Como se no Acre não existisse fome. Como se no Acre não existissem bocas pra alimentar. Como se fosse lícito sequestrar patrimônio de famílias inteiras na base da bota, da ameaça e da truculência.
A verdade, doa a quem doer, é uma só. O modelo de reserva extrativista é economicamente inviável. Nunca funcionou. Nunca vai funcionar. Onde se preserva floresta à força, se cultiva pobreza. E isso não é desenvolvimento. Isso é condenação.
O que está em jogo não é apenas uma disputa por terra, por regra ou por bioma. É uma disputa por narrativa. Por civilização. Ou seguimos sendo uma colônia de ONGs, burocratas e fiscais com caneta e fuzil na mão, ou escolhemos ser uma nação de produtores, de homens livres, de gente que planta, cria, colhe e vive do próprio suor.
E que fique claro. Nem tudo que é legal é justo. E nem tudo que é justo é legal nesse país que decidiu odiar quem trabalha.