O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse que a greve dos professores marcada para começar na segunda-feira (2/6) é “pura política” e afirmou que o GDF ainda está “pagando o acordo firmado” na última paralisação.
“Essa greve é pura política. Os nossos professores nunca foram tão bem atendidos. Ainda estamos pagando o acordo firmado na última greve”, disse o governador. “Uma pena que não pensam nas nossas crianças e nas famílias”, declarou.
Segundo o Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), os educadores cobram reajuste salarial de 19,8% e a reestruturação do plano de carreira. A paralisação decidida em assembleia nesta terça-feira (27/5) é por tempo indeterminado.
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Professores fazem assembleia no DF
Material cedido ao Metrópoles2 de 3
Professores das escolas públicas do DF fazem assembleia com indicativo de greve
Hugo Barreto/Metrópoles3 de 3
Greve dos professores
Milena Carvalho / Metrópoles
A última greve dos professores do DF ocorreu em 2023, e durou 22 dias. À época, o GDF fez acordo com 17 pontos. O principal deles é a incorporação das gratificações de atividades Pedagógica (Gaped) e de Suporte Educacional (Gase), em seis parcelas de 5%. A primeira delas seria paga em outubro de 2023; a última, no primeiro semestre de 2026.
Também em 2023, o GDF aprovou reajuste linear de 18%, dividido em três parcelas de 6%, para todos os servidores. A última deverá ser paga em julho de 2025.
Pedidos
Os professores reivindicam reajuste de 19,8%, reestruturação do plano de carreira e diminuição do tempo para chegar ao topo da tabela salarial, segundo o Sinpro-DF.
Eles também querem o pagamento do dobro do percentual de titulação atualmente aplicado para professores ou orientadores educacionais com especialização, mestrado e doutorado. Hoje, esses percentuais são, respectivamente, de 5%, 10% e 15% sobre o vencimento básico.