Objetivo é mostrar in loco, as iniciativas que ajudam a manter a floresta
Autoridades internacionais, lideranças ambientais e representantes de governos subnacionais participaram de uma imersão em projetos de conservação e desenvolvimento sustentável, com destaque para visitas à Casa de Chico Mendes, em Xapuri, e à Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), a agenda no interior nesta quarta-feira, 21, foi marcada por um intercâmbio de experiências e práticas de combate às mudanças climáticas.
Memória viva da floresta
A primeira parada da comitiva internacional foi em Xapuri, berço da luta do líder seringueiro Chico Mendes. A casa onde ele viveu, tombada como patrimônio histórico estadual e federal, ainda preserva objetos pessoais e móveis originais, sendo hoje um memorial da causa socioambiental.
Outro destaque da agenda foi a visita à Cooperacre, referência na organização da produção extrativista no Acre. Com atuação em cadeias produtivas como a castanha-do-Brasil, frutas nativas e o látex, a cooperativa reúne cerca de 25 associações e beneficia diretamente mais de 2 mil famílias.
Troca de experiências e soluções climáticas
A GCF Task Force é uma coalizão global formada por 43 governos subnacionais de países como Brasil, Estados Unidos, Peru, Indonésia, México, Colômbia e República Democrática do Congo. Seu foco é o fortalecimento de políticas públicas que conciliam redução de emissões de gases de efeito estufa e desenvolvimento sustentável, especialmente em regiões com grandes áreas de floresta tropical.
A edição 2025 do encontro é sediada pelo Acre, estado pioneiro na implementação de programas de serviços ambientais, REDD+ e gestão territorial participativa.
Sobre a GCF Task Force
A Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF Task Force) foi criada em 2008 e é voltada ao apoio técnico e político a governos subnacionais que buscam implementar mecanismos de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal). O objetivo é alinhar políticas públicas de uso da terra com a conservação ambiental e o bem-estar das populações locais.
Realizar o encontro no Acre é reconhecer a importância das ações locais no combate global às mudanças climáticas, e uma oportunidade de mostrar ao mundo o resultado de políticas públicas bem-sucedidas em um dos estados mais biodiversos do planeta